A partir de sexta-feira (1º de novembro), o limite para transações pix será de até R$ 200 por operação quando o pagamento ou transferência forem feitos de um celular ou computador que nunca tenham sido utilizados para iniciar uma transação. No entanto, os clientes que possuem contas ativas e dispositivos já cadastrados em seus bancos não serão afetados, conforme comunicado da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgado hoje (30).
Sem o cadastro, o usuário só poderá usar o limite diário de R$ 1.000 via pix. Para aumentar esses limites, será necessário cadastrar o novo aparelho nas instituições financeiras. A responsabilidade de enviar uma mensagem diretamente ao cliente pelo aplicativo, indicando os dados necessários e onde deve ser feito o cadastro, caberá ao banco.
O objetivo da medida é reduzir as chances de fraudadores utilizarem dispositivos diferentes dos do cliente para iniciar transações. Em caso de golpe de engenharia social, em que o cliente fornece inadvertidamente suas informações de conta e senha para um fraudador, este tentará acessar o banco de um dispositivo não cadastrado, limitando automaticamente a transação.
A comunicação sobre as novas medidas será feita diretamente no dispositivo de acesso utilizado pelo cliente para iniciar as transferências pix, alerta a Febraban. Todas as instituições participantes do pix deverão adotar os novos limites para gerenciamento de risco de fraude e identificação de transações suspeitas.
Além das regras de segurança, outras novidades envolvendo o pix estão em curso. O lançamento do pix por aproximação será realizado em um evento na próxima segunda-feira (4), em São Paulo, com representantes do Google e do Banco Central. Essa funcionalidade será semelhante ao uso de cartões de crédito por aproximação.
A parceria entre o pix e o Google possibilitará aos usuários realizar transferências e pagamentos por meio do Google Pay. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou a eficiência e baixo custo do pix em comparação com os cartões de crédito.
Vale ressaltar que desde segunda-feira todos os bancos participantes do pix são obrigados a oferecer o pix agendado recorrente. Essa funcionalidade permite agendar pagamentos recorrentes, como mesada, professor particular, doações, entre outros. Anteriormente, a oferta desse serviço era facultativa, mas agora é obrigatória para todos os bancos.
A resolução do Banco Central tornou obrigatório o pix agendado recorrente para todos os bancos, visando facilitar transferências de valores para destinatários específicos de forma rápida e segura.